quarta-feira, 11 de março de 2009


 Hoje eu o queria sentar na areia e ouvir o mar, tomar um banho de chuva, mesmo sabendo que mesmo aquela água não iria tirar tudo o que está em mim. Queria colocar fones de ouvidos com uma musica boa, e ignorar o que o trânsito, as brigas, a hipocrisia tem a me dizer... Não quero que a rotina me pegue, quero notícias boas, quero positividade ;

boa quarta a vocês ;*,

terça-feira, 10 de março de 2009



Depois do céu tem outro céu
Ou nem o céu existe mais
Será que o sol é de papel
Será que as nuvens são de gás


eu não ligo;

não ligo se fiz meu mundo ao teu lado e de repente ele se desfez junto a tua máscara.o ligo de ser como eu sou. não ligo se não deu tempo de dizer tudo que eu tinha pra falar, porque o que importa é que estou bem. não ligo de mudar de humor várias vezes por semana, até porque eu não sou de ferro. não sei porque me mostrei por inteira pra várias mentes, mas também não ligo pra isso, porque sei que se procurar em cada mente, terá um pedacinho de mim ainda, eu não vejo problema em recomeçar tudo o que perdi, ou começar tudo o que não tinha , só não quero ficar parada. eu não ligo pros teus defeitos, já tenho muitos pra me preocupar.. não ligo se já amei e amo demais, se já chorei e não choro mais, se já beijei e experimentei demais, não ligo se já falei e pensei demais, se já me compliquei demais, se me importei demais com besteiras, não ligo se já morri de amor, briguei com a minha mãe e no final chorei nos braços dela, não ligo se já errei muito, porque não ligo de fazer o que eu quero fazer. não ligo de falar a verdade em um jogo, e nem de sorrir depois de uma brincadeira sem graça, tem coisas que não deixamos em testamentos... 

segunda-feira, 9 de março de 2009

"O SENTIMENTO NÃO PODE PARAR"


Francisco Kronemberger



Qual a impotância desse time para a história do Vasco? Não, não são os jogadores que venceram o Campeonato Sul-Americano de 1948, tampouco participaram de um Campeonato Brasileiro, muito menos estavam vivos para verem a América ser nossa pela segunda vez em 1998. Esse foi o time que deu ao Vasco o título da 2ª divisão do Campeonato Carioca. Sim, o Vasco já disputou a segundona carioca, contra potências como Palmeiras (?), Carioca (??), Mackenzie (???) e Mangueira (!). Viemos de baixo. Não nascemos de nariz em pé, não somos filhos da aristocracia carioca. Somos o time dos negros, dos operários, daqueles que não podiam jogar futebol por não ter um sobrenome inglês, por não ter a pele alva européia ou simplesmente por não ter dinheiro. Esse time de excluídos ascendeu à primeira divisão e logo em seu ano de estréia fez história, conquistou o título, arrebatou corações e deixou a elite futebolística indignada.. “Como assim um time de ‘inferiores’ vem jogar o nosso campeonato, nos nossos estádios e sai campeão???”. Fomos impedidos de disputar o Campeonato Carioca do ano seguinte. Motivo alegado: não tínhamos um estádio. Motivo verdadeiro: preconceito.E eis que esse time resolve fazer história novamente. Sua torcida se une, faz uma campanha de arrecadação e constrói em pouco tempo aquele que seria o maior estádio da América Latina até a construção do Maracanã: o Estádio de São Januário, o nosso Caldeirão.Poucos clubes no mundo podem se orgulhar de ter uma história tão bonita de luta, superação, respeito e amor. Muito mais podemos tirar dessa nossa bela história, mas escolhi esses dois momentos pois eles não saiam da minha cabeça após o jogo contra o Vitória. Meu sentimento é que nós, torcedores, andávamos meio adormecidos, quietos, nossa história andava esquecida no meio de tantas mazelas que assolaram nosso amado Vasco nos últimos anos. Quis o destino que fosse preciso passar por uma provação como a que passamos nesse Campeonato para que retomássemos nossa devoção ao clube, que trouxéssemos o Vasco de volta às suas origens: o Vasco é da torcida, aquela mesma que se encantou com o time do subúrbio que não tinha estádio e que se uniu para construí-lo.Fim do jogo, Vasco rebaixado à segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Eis que o caldeirão outrora lotado vê parte do público ir embora. Mas alguns teimavam em não sair, eu e meu pai entre eles. Olhavam para o campo, para as arquibancadas, para a social, para a capelinha de Nossa Senhora das Vitórias, buscando no olhar do outro um conforto, uma esperança, um sentimento de irmandade. E eis que de repente o então frio Caldeirão se ascende e o Hino que me faz arrepiar a cada vez que ouço é entoado aos milhares: VAMOS TODOS CANTAR DE CORAÇÃO, A CRUZ DE MALTA É O MEU PENDÃO! E naquele canto, naquele orgulho de ser vascaíno, meus olhos se enchem d’água. Somos muitos, somos milhões, somos irmãos unidos no amor ao Gigante da Colina. E naquele momento pensei nos jogadores que em 1922 escreveram um capítulo importante na gloriosa história do Clube de Regatas Vasco da Gama. Viemos da segunda divisão e nos deparamos novamente com ela. Nesse ano de resgates para o Vasco (o resgate da democracia, o resgate da torcida, o resgate do orgulho de ser vascaíno) não fomos rebaixados, mas sim fomos levados a revisitar uma parte esquecida de nossa história. Viemos de baixo para nos tornarmos gigantes. E essa volta às origens certamente fará o gigante adormecido acordar ainda mais forte!E nós, torcedores, tal qual nossos predecessores da década de 20, temos a missão de reconstruir São Januário.. Que nosso Caldeirão ferva a cada jogo na dura jornada de 2009. Que cantemos ainda mais, que vibremos ainda mais, que nos unamos ainda mais! Que possamos juntos reconduzir o Gigante ao caminho dos títulos!Saí de São Januário com um sentimento estranho. O Vasco fora rebaixado, mas mesmo após uma tristeza profunda eu sorri. Não conseguia parar de pensar na nossa linda história, na luta contra o preconceito, na construção de São Januário, no amor incondicional que vi em cada olhar, em cada lágrima derramada no estádio. E uma imagem não saía da minha cabeça: uma faixa com a frase que dá título a este texto. A história reescreve o orgulho de ser vascaíno. E esse sentimento não pode parar nunca. Hoje levei minha camisa do Vasco para o trabalho e pendurei na minha cadeira. Fui jogar minha pelada devidamente uniformizado e ainda passei pela academia, sempre com a cruz no peito. E a cabeça erguida. E a cada piada, a cada comentário “você é corajoso”, eu olhava pra cruz e a beijava. Reafirmava meu amor incondicional, minha certeza de que esta queda nos fará ainda mais fortes, ainda mais unidos, ainda mais vascaínos. E a cada beijo na cruz, lembrava de nossa história. E sorria. Provavelmente me achavam louco os invejosos torcedores dos outros clubes, mas não estou nem aí. Não há razão que explique o amor. Hoje eu olho para a cruz de malta ainda mais apaixonado por ela.